Universidade do Estado da Bahia
Faculdade de Ciências Contábeis
Curso: Ciências Contábeis
DCHT – Campus XIX
Disciplina: Português Instrumental
Prof. ª: Lucia Leiro
Aluno: Tiago Silva da Hora Souza
Resenha
Referências:
LOPES, Cícero. Sexualidade. In: BARBOSA, Carolina. et al. Gravidez na adolescência. Blogspot. 18 nov. 2009.Disponível em: http://osgravidezna adolescencia.blogspot.com.br/2009/11/charges.html. Acesso em: 28 fev. 2012.
PENSADOR, Gabriel O. Pátria que me pariu. Terra. Letras. Mus. br. Disponível em: http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/66752/. Acesso em: 28 fev. 2012.
Credenciais do autor:
Cícero Lopes é designer gráfico, jornalista ilustrador e empresário. Morou no Rio de Janeiro e em Brasília no Distrito Federal. Faz ilustração, charge, caricatura, tirinha, infografia e programação visual, para o Jornal de Brasília atualmente, para Jornal A Tribuna, Correio Braziliense, Sindicato dos Bancários de Brasília e a ANABB - Associação dos Funcionários do Banco do Brasil.
Gabriel o Pensador, nome artístico de Gabriel Contino (Rio de Janeiro, 4 de março de 1974), é um rapper e compositor brasileiro. É filho da jornalista Belisa Ribeiro. Ele apareceu no fim de 1992, quando ainda era estudante de Comunicação Social na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com a música "Tô Feliz (Matei o Presidente). Contratado pela Sony Music por causa do sucesso da música (ainda que censurada), Gabriel lançou em 1993 seu primeiro e homônimo disco (Gabriel o Pensador).
Resumo:
A charge do autor Cícero sobre sexualidade retrata a banalização da vida, em um contexto relacionado ao aborto em que um casal na cama diz a seguinte frase: “Sem camisinha? Mas, querida, e se você tiver um bebê?”. E ela responde: “É só jogar fora, querido”.
Assim podem-se ver também as conseqüências dessa banalização da vida, mas em outro contexto, nesse caso o do abandono e da falta de amor próprio. Como é retratado na musica de Gabriel O Pensador que tem como titulo “Pátria que me pariu”. A letra da musica trata da história de uma criança que nasceu e foi abandonada na rua por sua mãe que tinha apenas 17 anos, se tornando posteriormente um bandido.
A história começa quando a menina ficou grávida por não ter tomado a pílula fazendo dessa criança um ser que não era desejado. Por muitas vezes foi agredido por tentativas de aborto, mas conseguiu nascer, no entanto com nove meses foi abandonado. Este então cresce na rua vendendo bala no sinal e pedindo comida para sobreviver. Mas a realidade das ruas bate a sua porta e ele começa a fumar e cheirar droga, começando pela cola e evoluindo para o crack, até que é necessário o uso de arma de fogo. No entanto, o menino de quatorze anos não conseguiu sobreviver e foi morto, indicando que mesmo depois de tantos anos se conseguiu realizar o aborto.
Análise:
A banalização da vida tem sido um dos assuntos mais discutidos hoje em dia. As pessoas não estão mais se importando com a vida humana, como é retratado na charge e na musica. Tanto um quanto o outro enfocam o rumo que o país tem tomado, na questão dessa violência contra a vida.
Um dos pontos retratados tanto na charge de Cícero quanto na musica de Gabriel é com relação ao aborto, tema bastante controverso e polêmico. Na charge ele é enfocado quando a mulher informa ao companheiro que se ela engravidar era só jogar fora mostrando o quanto as pessoas deixaram de valorizar até sua própria vida, pois se sabe o quanto o aborto pode ser nocivo para a mulher podendo levar a complicações futuras como esterilidade, problemas emocionais e até a morte quando feito erroneamente. A musica o informa no seguinte trecho: “... Um bebê não estava nos planos dessa pobre meretriz de dezessete anos. Um aborto era uma fortuna e ela sem dinheiro. Teve que tentar fazer um aborto caseiro. Tomou remédio, tomou cachaça, tomou purgante. Mas a gravidez era cada vez mais flagrante. Aquele filho era pior que uma lombriga. E ela pediu prum mendigo esmurrar sua barriga...”, ou seja, varias questões pode estar envolvidas no que diz respeito a levar uma pessoa a querer tirar a vida de outro e de forma tão desumana.
Dize-se que uma criança deve ser desejada, mas não é o estado de ânimo que deve determinar se ela deve morrer ou viver. Ou mesmo questões econômicas como pobreza e sociais como gravidez na adolescência pela falta de preparo da mãe como é mostrado na musica, que podem ser argumento para a legalização. Legalizar o aborto não vai diminuir os sentimentos de insegurança e vergonha de muitas mães, mas sim levá-las a ainda procurarem clínicas clandestinas que não as exporão socialmente.
Muitos retratam o aborto como uso terapêutico, em casos de risco de morte da mãe ou de mal grave e permanente como má formação. Mas o código de ética medica enfoca que em casos de complicações na gravidez deve ser salva a vida da mãe e do filho e não ter como opção a morte premeditada de um deles.
O aborto leva a varias controvérsias, uns dizem que o feto é um ser humano indefeso, outros dizem que ele não é um estado de desenvolvimento humano que sente. Ou seja, para uns ele é um filho querido que está sendo desenvolvido para outros é apenas uma coisa que deve ser jogada fora por não ser desejada. Estas são questões que ainda vão levar a população a discutirem esse assunto como muito ânimo, além de levá-las a serem abordas em vários contextos, como os aqui retratados.